Fux deixa 1ª Turma do STF e fica fora de julgamentos sobre trama golpista
Pedido do ministro foi atendido por Edson Fachin; mudança ocorre em meio aos processos mais sensíveis em andamento na Corte
Fux deixa colegiado que analisa casos da trama golpista
O ministro Luiz Fux deixou a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido partiu dele e foi aceito por Edson Fachin, presidente da Corte.
A decisão veio em um momento de forte tensão política, já que a 1ª Turma analisa processos ligados à trama golpista e aos atos de 8 de janeiro.
Com a saída, Fux deixa de participar de julgamentos que envolvem ex-integrantes do governo Bolsonaro. Assim, a composição do colegiado muda e pode alterar o rumo de votações futuras.
Mudança ocorre após vaga aberta na 2ª Turma
A troca tem relação direta com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso, que deixou uma vaga disponível na 2ª Turma do STF.
Segundo Fux, a transferência já vinha sendo discutida desde o ano passado. Ele afirmou que havia combinado a mudança com Barroso antes mesmo da saída do colega.
Embora ainda tenha vários processos sob sua relatoria, Fux preferiu assumir a nova vaga. Segundo o ministro, a decisão foi “institucional” e segue o desejo pessoal de integrar a 2ª Turma.
Julgamentos podem ganhar novo rumo
A saída de Fux muda o equilíbrio de forças na 1ª Turma. Em decisões recentes, ele discordou da maioria e votou pela absolvição de alguns réus.
Agora, o colegiado deverá receber um novo ministro, o que pode influenciar diretamente os próximos julgamentos sobre a tentativa de golpe.
Além disso, a mudança pode afetar o ritmo das decisões, já que o novo integrante precisará estudar centenas de processos em andamento.
Repercussões
A 1ª Turma ganhou destaque nos últimos meses. Ela analisa investigações que envolvem militares, políticos e ex-assessores de Bolsonaro.
Por isso, a troca de Fux ocorre em um momento delicado. Dentro do STF, a mudança é vista como natural. Já nos bastidores da política, há quem a interprete como um movimento estratégico.
Com a alteração, o Supremo reorganiza o tabuleiro interno e se prepara para novas decisões sobre um dos temas mais explosivos do país: a trama golpista.