Maduro inicia nova fase de mobilização militar na Venezuela contra supostas ameaças dos EUA
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (11/11) o início de uma nova fase do “Plano Independência 200”, que mobiliza forças militares e milicianos em resposta ao que o governo venezuelano classifica como “ameaças imperiais” dos Estados Unidos.
A operação começou às 4h da manhã e envolve o comando, controle e comunicações da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), além de unidades de terra, ar, mar e mísseis, a Milícia Bolivariana e os Órgãos de Segurança Cidadã. Segundo o comunicado oficial, o plano tem como objetivo “defender a soberania e preparar o país para enfrentar qualquer agressão externa”.
Maduro afirmou que a mobilização é uma resposta direta às recentes ações militares norte-americanas na região do Caribe, onde os EUA mantêm navios de guerra, submarinos e o porta-aviões USS Gerald R. Ford. Washington alega que a operação tem como foco o combate ao narcotráfico, mas Caracas considera a movimentação uma tentativa de cerco militar.
“O que nos importa o que diz o império norte-americano? Nem o seu presidente, nem o seu Congresso. Na América do Sul, estamos determinados a ser livres”, declarou Maduro em pronunciamento na TV estatal na noite de segunda-feira (10/11).
De acordo com o governo venezuelano, o Plano Independência 200 prevê ações coordenadas até quarta-feira (12/11), com a participação popular em defesa da nação. O comunicado ressalta que a mobilização será realizada “em todo o espectro do território nacional e em perfeita fusão popular, militar e policial”.
Fontes ligadas ao regime afirmam ainda que as Forças Armadas da Venezuela estariam mais fortalecidas “em união com o povo”, reforçando o discurso de Maduro de que o país está preparado para “preservar os sagrados interesses da pátria”.
