Técnica de enfermagem é morta a tiros em Rio Verde — crime ocorre dias após pedido de medida protetiva
Uma técnica de enfermagem de 38 anos foi morta a tiros pelo ex-marido, no sábado (29), em Rio Verde, região sudoeste de Goiás. O crime ocorreu apenas quatro dias depois de a vítima solicitar uma medida protetiva contra o agressor, o que reacendeu, mais uma vez, o debate sobre a efetividade dos mecanismos de proteção oferecidos pelo Estado.
Ataque ocorreu em área central da cidade
De acordo com as imagens de câmeras de segurança, o ex-marido estacionou o carro a poucos metros da vítima, que estava em frente a uma distribuidora. Logo em seguida, ele desceu do veículo, aproximou-se e efetuou ao menos quatro disparos.
A técnica de enfermagem morreu no local antes que o socorro fosse acionado. Após o ataque, o homem fugiu e, horas depois, foi encontrado morto com um tiro na cabeça. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de suicídio.
Vítima havia denunciado ameaças e agressões
A mulher havia solicitado medida protetiva na última terça-feira (25), relatando um histórico de agressões físicas, ameaças constantes e violência psicológica. Além disso, ela afirmou que estava sendo perseguida desde que decidiu se separar.
Conforme o registro do pedido, a vítima chegou a sair de casa com o filho do casal e passou a viver temporariamente com uma amiga, justamente para evitar novos episódios de violência. Entretanto, o agressor conseguiu localizá-la.
Registros mostram violência contínua
Segundo relatos anexados ao pedido de proteção, o relacionamento era marcado por episódios de controle, intimidação e agressões. Objetos teriam sido quebrados durante discussões, e houve relatos de enforcamento.
Apesar das denúncias e do avanço legal representado pela medida protetiva, a proteção não foi suficiente — fato que, infelizmente, ainda se repete em muitos casos de violência doméstica.
Polícia investiga detalhes e acompanha situação do filho
A Polícia Civil de Goiás abriu investigação para esclarecer todas as circunstâncias do crime, incluindo a trajetória do agressor após a fuga. Imagens de monitoramento e depoimentos de testemunhas estão sendo analisados.
O filho da vítima, de 11 anos, está sob os cuidados da amiga que acolheu mãe e filho nos últimos dias. A Justiça deverá definir, nos próximos dias, quem assumirá a guarda da criança.
