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Ataque Israelense Mata Chefe de Inteligência do IRGC em Teerã; mortes chegam a 237

Um ataque aéreo israelense na capital iraniana, Teerã, resultou na morte do chefe de inteligência do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), general Mohammad Kazemi, e de seu vice, general Hassan Mohaqiq, neste domingo. A ação, confirmada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em entrevista à Fox News, também vitimou o comandante sênior Mohsen Bagheri, intensificando as tensões entre Israel e Irã em um conflito que já dura quatro dias.

A ofensiva, parte da operação israelense batizada de “Leão Ascendente”, teve como alvo a sede da inteligência do IRGC em Teerã, além de instalações nucleares e militares em todo o Irã, incluindo o principal complexo de enriquecimento de urânio em Natanz. Segundo a agência de notícias iraniana Tasnim, afiliada ao IRGC, as mortes de Kazemi e Mohaqiq representam um duro golpe à estrutura de segurança do país.

O Irã reportou que 224 pessoas foram mortas desde o início dos ataques israelenses na sexta-feira, com mais de 1.277 feridos, sendo a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde iraniano. Em resposta, o Irã lançou dezenas de mísseis balísticos contra Israel, causando 14 mortes e 390 feridos, segundo autoridades israelenses. Explosões foram relatadas em Tel Aviv e Haifa, enquanto Teerã abriu metrôs, mesquitas e escolas como abrigos para a população.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu uma “resposta severa” a Israel, declarando que o país “não permitirá que os responsáveis escapem impunes”. Khamenei já nomeou substitutos para os comandantes mortos, incluindo Abdolrahim Mousavi como chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e Ahmad Vahidi como novo líder do IRGC, em uma tentativa de evitar um vácuo de poder.

Israel justificou os ataques como uma medida para interromper o programa nuclear iraniano e neutralizar ameaças militares. Netanyahu afirmou que os alvos incluíam “assassinos implacáveis com sangue internacional nas mãos”, referindo-se aos comandantes do IRGC. Além de Kazemi, Mohaqiq e Bagheri, os ataques mataram outros líderes militares, como Hossein Salami, comandante-chefe do IRGC, e Amir Ali Hajizadeh, chefe da Força Aeroespacial, bem como seis cientistas nucleares, segundo a mídia estatal iraniana.

A comunidade internacional expressou preocupação com a escalada do conflito. O presidente dos EUA, Donald Trump, elogiou os ataques israelenses como “excelentes”, mas vetou uma proposta de Israel para assassinar o aiatolá Khamenei, segundo fontes americanas. Líderes europeus, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediram contenção e uma solução diplomática urgente.

O ataque expôs falhas significativas na segurança iraniana, especialmente após a morte de figuras-chave em instalações supostamente seguras. Analistas apontam que a eliminação simultânea de líderes militares e cientistas pode dificultar a capacidade do Irã de coordenar uma resposta imediata, mas também aumenta o risco de retaliações por meio de proxies regionais, como o Hezbollah.

Enquanto os combates continuam, a região permanece em alerta para uma possível guerra em maior escala. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou danos em Natanz, mas afirmou que os níveis de radiação permanecem normais fora do local. A destruição de infraestrutura elétrica e centrífugas, no entanto, pode atrasar o programa nuclear iraniano por meses, segundo especialistas.

O mundo observa com apreensão enquanto Israel e Irã trocam acusações e ataques, com o potencial de desestabilizar ainda mais o Oriente Médio.

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