Foto: Arquivo Folha de Londrina
Goiânia

“Flanelinhas” são presos por extorsão e cobrança ilegal em Goiânia: Polícia aponta esquema organizado

Prisões em flagrante no Setor Campinas

Na manhã desta quarta-feira (17), a Polícia Civil de Goiás, com o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM), prendeu 13 pessoas no Setor Campinas, em Goiânia. Os detidos atuavam ilegalmente como “flanelinhas”, cobrando valores de motoristas para estacionar em áreas públicas nas imediações da Praça do Camelódromo. A operação foi realizada após diversas denúncias de intimidação e extorsão, especialmente contra mulheres e idosos.

Intimidação e cobranças ilegais

Segundo a investigação, os suspeitos exigiam pagamentos adiantados para permitir que motoristas estacionassem em locais públicos, agindo como se fossem responsáveis pela gestão de vagas regulamentadas. De acordo com o delegado Humberto Teófilo, as abordagens eram, em muitos casos, acompanhadas de ameaças verbais. “Eles usavam a força da intimidação, criando um ambiente de medo entre os cidadãos que apenas queriam estacionar seus veículos”, afirmou o delegado.

Esquema estruturado e organizado

Durante a ação, foram apreendidos cadernos com registros de turnos, locais de atuação e valores arrecadados — indícios de que o grupo mantinha uma rotina organizada de extorsão. Para as autoridades, isso revela que a prática não era isolada, mas fazia parte de um esquema bem estruturado para explorar o espaço urbano de forma criminosa.

Ainda conforme a polícia, muitos dos envolvidos já tinham passagens por crimes diversos, incluindo furto, ameaça e lesão corporal. A reincidência, portanto, chamou a atenção dos investigadores, que classificaram o grupo como de alta periculosidade.

Repercussão e próximos passos

Com as prisões, os acusados foram encaminhados para a Central de Flagrantes e permanecem à disposição da Justiça. Eles devem responder por extorsão qualificada e usurpação de função pública, crimes que, juntos, podem resultar em penas significativas de reclusão.

O delegado Teófilo ressaltou que operações semelhantes devem continuar acontecendo em outras regiões da capital. “Não vamos permitir que o espaço público seja tomado por práticas ilegais. Nosso objetivo é proteger o cidadão e garantir seu direito de ir e vir sem ser coagido”, completou.

Um problema antigo, mas recorrente

Apesar dos frequentes alertas da população e ações pontuais das forças de segurança, a presença de flanelinhas em Goiânia segue sendo uma realidade em diversas regiões. Por isso, a operação desta quarta-feira reacende o debate sobre a necessidade de medidas permanentes para coibir esse tipo de conduta.

Mesmo que o problema não seja exclusivo da capital goiana, a prisão de um grupo tão articulado chama a atenção para a urgência de políticas públicas que priorizem a segurança urbana e a fiscalização das áreas de estacionamento.

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