Governo Trump chama Moraes de “tóxico” e envia recado direto ao STF
O governo dos Estados Unidos voltou a elevar o tom contra o Supremo Tribunal Federal. Nesta segunda-feira (18), o Departamento de Estado, sob a gestão de Donald Trump, chamou o ministro Alexandre de Moraes de “tóxico” e, além disso, enviou uma mensagem direta ao Judiciário brasileiro.
Publicação oficial
A declaração foi divulgada pelo Bureau of Western Hemisphere Affairs, setor responsável pela América Latina. No comunicado, o governo norte-americano ressaltou que nenhum tribunal estrangeiro tem poder para invalidar sanções aplicadas por Washington.
Além disso, o texto deixou claro que cidadãos americanos estão proibidos de realizar transações com Moraes. Ao mesmo tempo, o governo advertiu que pessoas de outros países também podem ser alvo de punições caso ofereçam apoio material a quem viole direitos humanos. Dessa forma, a mensagem foi interpretada como uma tentativa de ampliar a pressão internacional.
Confronto com o STF
O comunicado surgiu como resposta direta a uma decisão recente do ministro Flávio Dino. Ele determinou que nenhuma empresa ou entidade que atue no Brasil pode aplicar sanções com base em medidas unilaterais de outros países. Por isso, a decisão foi vista como uma forma de blindar Moraes no território nacional.
No entanto, os Estados Unidos reagiram com firmeza. Para o governo Trump, as sanções são de competência exclusiva de Washington e, consequentemente, não podem ser barradas por tribunais estrangeiros. Assim, o choque de visões tornou-se ainda mais evidente.
Crise diplomática em curso
Esse novo embate representa apenas mais um capítulo da crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos em 2025. Nos últimos meses, o governo Trump aplicou a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, além de ter revogado vistos de aliados do magistrado. Por outro lado, também sinalizou que poderá adotar medidas semelhantes contra outros ministros do STF.
Portanto, a tensão entre os dois países cresce a cada semana. Enquanto o Supremo reforça a autonomia da justiça brasileira, a Casa Branca, por sua vez, endurece o discurso e amplia a pressão sobre os magistrados. Assim, o cenário diplomático segue marcado por incertezas e por um aumento constante da disputa institucional.