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Justiça decreta falência da Oi após segunda recuperação judicial

Decisão afeta uma das maiores operadoras do país; serviços essenciais continuam funcionando

A Justiça do Rio de Janeiro decretou nesta segunda-feira (10) a falência da Oi S.A.. A decisão partiu da juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial do TJRJ. A operadora não conseguiu se recuperar financeiramente, mesmo após duas tentativas de reestruturação.


Dívidas bilionárias e gestão afastada

A Oi enfrenta dívidas bilionárias e vive uma situação considerada insustentável. Segundo a magistrada, o patrimônio da companhia está “esvaziado e de difícil venda”. Fora da recuperação judicial, a dívida já chegava a R$ 1,7 bilhão em outubro.

Diante desse cenário, a Justiça afastou toda a diretoria e o conselho de administração. O advogado Bruno Rezende assumiu como gestor judicial e ficará responsável pela condução do processo de falência.


Venda de ativos e pagamento de credores

Com a decisão, a empresa entra em liquidação ordenada. Na prática, seus bens serão vendidos para pagar credores. Entre os principais ativos está a Oi Soluções, divisão voltada ao mercado corporativo, que responde por cerca de 60% da receita da operadora.

A juíza também apontou falhas de gestão e falta de apoio efetivo do poder público. Segundo ela, o caso da Oi lembra o colapso da antiga Varig, que também afundou após anos de tentativas frustradas de recuperação.


Serviços continuam funcionando

Apesar da falência, os serviços de telefonia e internet seguem em operação. A Justiça reforçou que não pode haver interrupção imediata, já que a Oi mantém contratos com órgãos públicos, hospitais e serviços de emergência.

A Anatel acompanha o caso de perto. O órgão deve garantir a continuidade do serviço e orientar os consumidores durante o processo de transição.


Impacto no mercado

A falência da Oi marca o fim de uma era nas telecomunicações brasileiras. A empresa, criada após a privatização da Telebrás, já foi líder nacional em telefonia fixa e presença constante nos lares brasileiros.

Agora, o mercado passa por uma reconfiguração. Outras operadoras podem assumir as operações da Oi, especialmente em regiões onde ela ainda detinha forte presença.


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