Howard Lutnick — Foto: Fox News / Reprodução
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Sem prorrogações: Tarifas dos EUA contra o Brasil entram em vigor em 1º de agosto, diz secretário de Trump

Taxa de 50% será aplicada aos produtos brasileiros; governo americano descarta qualquer adiamento

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou neste domingo (27) que as tarifas de importação anunciadas por Donald Trump começarão a valer no dia 1º de agosto de 2025, sem prorrogação. A medida faz parte do pacote econômico chamado “Liberation Day” e atinge diretamente o Brasil, que será o país mais afetado.

Brasil na mira

As exportações brasileiras enfrentarão uma tarifa de 50%, o dobro da aplicada a países como México e União Europeia, que terão entre 25% e 30% de taxação. Outros países, como Japão, Canadá e Coreia do Sul, também estão na lista, mas com percentuais menores.

Posicionamento firme dos EUA

As tarifas começam no dia 1º de agosto. Não haverá prorrogação”, declarou Lutnick durante entrevista. A fala encerra qualquer expectativa de que o governo norte-americano reavalie o prazo. Segundo o secretário, a medida busca corrigir desequilíbrios comerciais e proteger o setor produtivo americano.

Impacto direto na economia brasileira

A notícia caiu como um balde de água fria para produtores e empresários brasileiros. Com a tarifa, diversos setores — especialmente o agronegócio, alimentos processados, siderurgia e têxteis — devem perder competitividade no mercado norte-americano.

Alguns exportadores já estudam medidas drásticas. Há relatos de que parte da produção poderá ser estocada indefinidamente ou até descartada, diante da inviabilidade de envio ao exterior com o novo custo tributário.

Negociações travadas

O governo brasileiro ainda não comentou oficialmente a declaração de Lutnick. Porém, fontes do Itamaraty indicam que não há diálogo ativo com a Casa Branca desde o início de julho. A expectativa era de que alguma abertura pudesse ocorrer antes da entrada em vigor das tarifas, o que agora está descartado.

Sem avanços diplomáticos, o Palácio do Planalto avalia recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para tentar reverter ou ao menos mitigar os efeitos da medida.

Apesar de tentativas anteriores de aproximação, o atual clima entre os dois países tem sido de tensão, especialmente após declarações públicas do presidente Lula sobre o ex-presidente Donald Trump.

O cenário se mostra desafiador para o Brasil, que terá poucos dias para ajustar estratégias e tentar conter os prejuízos.

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