Vereador propõe proibição do uso de pipas em áreas urbanas por risco a motociclistas
Projeto de Lei apresentado por Tião Peixoto visa coibir acidentes causados por linha de cerol e chilena
O vereador Tião Peixoto apresentou, nesta semana, um projeto de lei que propõe a proibição da soltura de pipas em áreas urbanas do município. A medida, segundo ele, tem como principal objetivo proteger motociclistas e ciclistas, que estariam em constante risco devido ao uso de linhas com cerol ou chilena — substâncias cortantes aplicadas nas linhas para disputas entre pipas.
“Linha pode ser fatal”, alerta vereador
De acordo com Tião Peixoto, a brincadeira, popular entre crianças e adolescentes, se tornou perigosa com a utilização de materiais cortantes. “É uma linha quase invisível que corta o ar e, infelizmente, pode cortar o pescoço de um motoqueiro. Já registramos casos fatais. Não dá para tratar isso apenas como diversão”, afirmou o parlamentar durante sessão na Câmara.
O projeto prevê aplicação de multas para quem for flagrado empinando pipas em vias públicas, praças ou áreas residenciais da cidade. Em caso de reincidência, o valor pode ser dobrado. Além disso, o texto sugere ações educativas em escolas e campanhas de conscientização sobre os riscos do uso de cerol.
Proposta gera debate entre vereadores e moradores
A proposta dividiu opiniões. Alguns vereadores alegaram que a medida é necessária diante do crescente número de acidentes, enquanto outros defenderam alternativas menos rígidas, como a criação de áreas específicas para a brincadeira. Moradores também se manifestaram nas redes sociais: parte concorda com a medida, mas muitos acreditam que uma solução equilibrada seria mais eficaz do que a proibição total.
O vereador explica
Acidentes aumentaram nos últimos anos
Segundo dados extraoficiais citados por Tião Peixoto, o número de ocorrências envolvendo linhas cortantes cresceu nos últimos verões, especialmente em bairros mais populosos. A maior parte das vítimas são entregadores, motociclistas e ciclistas que circulam em vias de grande movimento.
Tramitação e próximos passos
O projeto ainda precisa passar pelas comissões temáticas da Câmara antes de ser votado em plenário. Caso aprovado, seguirá para sanção ou veto do prefeito. Enquanto isso, o vereador já articula apoio de colegas e planeja apresentar dados técnicos e relatos de vítimas para reforçar a necessidade da proposta.