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Trump dá 72h para Hamas libertar reféns em Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou nesta segunda-feira (29/9) um plano de paz para a Faixa de Gaza que condiciona a libertação imediata dos reféns à aceitação do acordo pelo Hamas — com prazo de até 72 horas para a devolução de prisioneiros se o grupo aceitar a proposta. O anúncio foi feito ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que se mostrou alinhado às medidas apresentadas pelo presidente norte-americano.

O pacote, descrito pela Casa Branca como um documento com cerca de 20 a 21 pontos, prevê cessar-fogo imediato, liberação dos reféns, desarmamento de facções armadas em Gaza, entrada massiva de ajuda humanitária e possibilidade de uma transição de governança sob supervisão internacional. Entre as medidas está também a promessa de que membros do Hamas que aceitarem renunciar à violência teriam garantias de anistia ou saída segura do território.

Segundo relatos de agências, o plano propõe que, caso Israel e o Hamas aceitem os termos, as Forças de Defesa de Israel poderiam retirar-se progressivamente do enclave, mediante garantias de segurança e supervisão internacional — incluindo um eventual “Conselho da Paz” ou administração interina com nomes internacionais citados na proposta. A Casa Branca afirmou ainda que líderes árabes e outros interlocutores foram consultados durante a formulação do texto.

Trump advertiu que, se o Hamas rejeitar a proposta, Israel terá “apoio total” dos EUA para agir contra o que definiu como “tirania do terror” do grupo. O presidente disse esperar que a proposta abra caminho para uma “paz permanente” no Oriente Médio e ressaltou negociações em curso com diversos governos regionais. Netanyahu, ao lado de Trump, declarou apoio ao plano e afirmou que Israel trabalhará para resgatar todos os reféns e desmantelar as capacidades militares do Hamas.

Reações internacionais foram imediatas: países árabes e parceiros ocidentais acompanham a iniciativa com cautela e, em alguns casos, vêm pressionando por garantias de proteção aos civis e por mecanismos que assegurem a efetiva entrega de ajuda humanitária em Gaza. Fontes diplomáticas também alertaram que a aceitação das condições por todas as partes é incerta e que o plano terá de ultrapassar obstáculos políticos e militares complexos para ser implementado.

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