Alego aprova crédito para compra de prédio da Caixa pelo Governo de Goiás
Governo garante recursos para adquirir imóvel no Centro de Goiânia
A Assembleia Legislativa de Goiás aprovou, nesta quinta-feira (4), a abertura de um crédito especial destinado à compra do antigo prédio da Caixa Econômica Federal, localizado na Avenida Anhanguera, no Centro de Goiânia. O valor autorizado é de R$ 128,78 milhões, que permitirá ao governo efetivar a aquisição do edifício e iniciar o processo de instalação de um novo centro administrativo.
O prédio possui 26,6 mil m² de área construída, distribuídos em vários pavimentos, além de um terreno de pouco mais de 3,1 mil m². Com isso, segundo o governo, haverá espaço suficiente para reunir diversas secretarias e autarquias estaduais em um único endereço.
Objetivo é reduzir gastos e reorganizar estruturas
Com a mudança, a administração estadual pretende diminuir despesas com aluguéis e, ao mesmo tempo, reorganizar fluxos internos. Atualmente, muitos órgãos funcionam em prédios distintos, o que, conforme a gestão estadual, dificulta a integração e eleva custos operacionais. Assim, o novo centro administrativo deve concentrar parte dessas estruturas.
Além disso, o governo afirma que a fachada do edifício será preservada, já que o prédio faz parte da paisagem histórica do Centro de Goiânia. A ideia é que a ocupação também contribua para a revitalização da região, que há anos enfrenta queda no movimento e abandono de imóveis.
Críticas apontam cortes no orçamento da saúde
Apesar da aprovação, a proposta recebeu forte resistência de parte da oposição. Durante as discussões, parlamentares alertaram que a abertura do crédito especial implicaria em cancelamentos de dotações previamente previstas, especialmente na área da saúde. Segundo levantamentos apresentados no plenário, mais de R$ 80 milhões seriam realocados desse setor para viabilizar a compra.
Parlamentares contrários afirmam que, enquanto o Estado enfrenta superlotação em unidades de atendimento e dificuldades em programas essenciais, a priorização da compra de um imóvel seria inadequada. Eles argumentam que serviços como o SAMU e a atenção básica poderiam ser afetados pela mudança orçamentária.
Governo defende compra como estratégia de longo prazo
Mesmo com as críticas, o Executivo sustenta que a operação representa um investimento estratégico, já que possibilitará economia futura e maior eficiência administrativa. Ainda conforme a gestão, a centralização reduzirá burocracia, facilitará o acesso da população aos serviços e diminuirá despesas fixas que, ao longo dos anos, superariam o valor de aquisição.
A expectativa é que o governo assine o contrato de compra nos próximos dias e inicie, gradualmente, a adaptação dos espaços internos. Parte das secretarias deve ser transferida ao local ao longo de 2026, assim que as adequações estruturais forem concluídas.
