Mourão diz que Bolsonaro corre risco de morte e defende prisão domiciliar
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta um quadro de saúde delicado, capaz de justificar a concessão de prisão domiciliar pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita ao defender também o mesmo benefício ao general Augusto Heleno.
Segundo Mourão, ambos apresentam problemas de saúde compatíveis com a idade e com o histórico de pressões enfrentadas ao longo da carreira militar e política. “O general Heleno tem problemas de saúde há algum tempo. Isso foi apresentado ao ministro Alexandre de Moraes como fundamento para a prisão domiciliar, assim como no caso do Bolsonaro”, afirmou.
Ao comentar especificamente sobre o ex-presidente, Mourão foi direto ao alertar sobre a gravidade da situação. Para ele, Bolsonaro vive em condição frágil. “É um cara que anda no fio da navalha, pode morrer de um dia para o outro”, declarou.
A condição de saúde de Bolsonaro vem sendo mencionada por aliados há meses e já foi utilizada pela defesa em pedidos ao STF, tanto para autorização de procedimentos cirúrgicos quanto para reforçar o pleito por prisão domiciliar.
Apesar de integrarem o mesmo campo político, Mourão e Bolsonaro mantêm uma relação marcada por distanciamento. Durante o mandato presidencial, o ex-vice relatou ter vivido uma “guerra fria” com o então chefe do Executivo, relação que se deteriorou ainda em 2021, quando Bolsonaro declarou publicamente seu incômodo com a postura independente do vice.
Em entrevistas posteriores, Mourão afirmou que faltou diálogo entre ambos e chegou a dizer que Bolsonaro teria sido reeleito em 2022 caso ele não tivesse sido substituído por Walter Braga Netto na chapa presidencial.
