“Perplexidade”: Alcolumbre critica demora no envio de indicação de Messias ao STF
Presidente do Senado cobra formalização do processo
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou neste domingo (30) que causa “perplexidade” a ausência do envio da mensagem oficial que confirma a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF). Embora o nome tenha sido anunciado pelo governo há mais de uma semana, o documento ainda não foi encaminhado ao Congresso, o que impede o início formal da tramitação.
Segundo Alcolumbre, a falta da mensagem escrita impede que o Senado siga o cronograma estabelecido para a sabatina do indicado. Dessa forma, a etapa inicial do processo permanece parada.
Demora gera tensão entre Executivo e Legislativo
A demora no envio provocou tensão entre os Poderes. De acordo com Alcolumbre, a ausência do documento cria a impressão de que o Executivo tenta alterar o ritmo natural da análise. Além disso, ele declarou que a situação expõe um descompasso institucional, já que o Senado depende da comunicação formal para dar sequência aos procedimentos.
Apesar das críticas, o Senado mantém, por enquanto, a previsão de realizar a sabatina de Messias no dia 10 de dezembro. No entanto, sem a mensagem, o calendário ainda pode ser ajustado.
Acusações de pressão política aumentam desgaste
Em nota, Alcolumbre também afirmou que setores do governo estariam tentando associar divergências políticas a negociações envolvendo cargos e emendas parlamentares. Segundo ele, esse tipo de narrativa enfraquece o processo legislativo e acentua o desgaste entre as instituições.
Contudo, integrantes da articulação política seguem dizendo que o envio da mensagem deve ocorrer nos próximos dias, o que pode reduzir o impasse.
Sabatina pode ser afetada pela indefinição
Com a leitura da indicação prevista para esta quarta-feira (3), a manutenção do cronograma depende exclusivamente da formalização por parte do governo. Caso a mensagem não seja entregue até a data, o roteiro definido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) poderá ser atrasado.
Além disso, senadores avaliam que a demora pode influenciar na mobilização de votos, já que a articulação permanece incompleta enquanto o processo não é oficializado.
Próximos passos
A expectativa no Senado é de que o governo finalize o envio ainda nesta semana. Assim, o Congresso poderá seguir com as etapas obrigatórias: leitura da mensagem, concessão de vista e, depois, sabatina e votação. Porém, se o impasse continuar, todo o planejamento poderá ser revisto.
