Senado aprova recondução de Paulo Gonet à Procuradoria-Geral da República por mais dois anos
O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (12), a recondução de Paulo Gonet Branco ao cargo de procurador-geral da República (PGR). Com a decisão, ele permanecerá à frente do Ministério Público da União por mais dois anos, até o fim de 2027.
A votação ocorreu no plenário da Casa e terminou com 45 votos favoráveis e 26 contrários. A aprovação veio após a sabatina de Gonet na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde também recebeu parecer positivo.
Atuação e perfil
Paulo Gonet assumiu a chefia da PGR em dezembro de 2023, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, tem buscado uma atuação considerada discreta, técnica e de diálogo com os Três Poderes.
Além disso, Gonet é reconhecido por sua formação jurídica sólida. Doutor em Direito Constitucional, ele é professor e autor de obras sobre temas ligados ao Estado de Direito e ao Ministério Público.
Repercussão política
A recondução foi vista como um gesto de estabilidade institucional. No entanto, parte da oposição criticou o que chamou de “excesso de alinhamento” entre o procurador-geral e o governo federal.
Por outro lado, aliados do Planalto afirmaram que a permanência de Gonet garante continuidade nas investigações e previsibilidade na condução da PGR, especialmente em temas sensíveis que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).
Desafios pela frente
Com o novo mandato, Paulo Gonet deverá enfrentar pautas importantes, como ações envolvendo autoridades com foro privilegiado e processos ligados a crimes cibernéticos e corrupção.
Além disso, o procurador-geral deve manter o foco em medidas de modernização administrativa e reforço da transparência interna no Ministério Público Federal.
