Julgamento de Bolsonaro - STF

STF avalia manter prisão domiciliar de Bolsonaro por motivos de saúde

A saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a ser pauta no Supremo Tribunal Federal (STF). Ministros da Corte discutem as condições clínicas do político e consideram improvável que ele seja encaminhado para a Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Embora o câncer de pele recentemente diagnosticado chame atenção, médicos alertam que a maior preocupação está no quadro abdominal de Bolsonaro, descrito como delicado. Especialistas que atendem servidores do próprio STF reforçam a necessidade de acompanhamento médico constante.

Inicialmente, a intenção era enviar o ex-presidente para uma cela especial na Papuda, em tentativa de mostrar que não haveria privilégios. No entanto, o entendimento atual é de que a prisão domiciliar é a alternativa mais adequada, já que facilita deslocamentos em caso de emergência e garante acesso rápido a tratamentos.

A decisão leva em conta, ainda, episódios anteriores, como a morte de um detento preso pelos atos de 8 de Janeiro, que sofreu complicações de saúde dentro da penitenciária.

O impasse, agora, está em definir se Bolsonaro permanecerá diretamente em prisão domiciliar ou se passará por uma cela especial antes. Caso a segunda opção seja escolhida, a defesa deve pedir com rapidez o retorno ao regime domiciliar — e a Corte sinaliza que poderá acolher o pedido.

Atualmente, Bolsonaro está preso preventivamente por descumprir medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes em um inquérito que investigava coação no curso do processo. Ele não foi denunciado ao término dessa investigação.

O local definitivo em que o ex-presidente cumprirá a pena de 27 anos de prisão por golpe de Estado e outros crimes será definido apenas após a análise dos recursos e o trânsito em julgado da ação penal.

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