STJD adia julgamento de Bruno Henrique após pedido de vista
O julgamento do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi adiado nesta segunda-feira (10/11) após pedido de vista no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O processo, que apura uma suposta tentativa do jogador de forçar um cartão amarelo em partida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023, ainda não tem nova data para ser retomado.
A votação, interrompida após o pedido de vista do auditor Marco Aurélio Choy, estava em 1 a 0 pela absolvição do atleta. Antes disso, o relator do caso, Sérgio Furtado Filho, havia votado pela absolvição de Bruno Henrique no artigo 243-A — que trata de manipulação de resultados — e sugerido apenas multa de R$ 100 mil com base no artigo 191, sem suspensão de partidas.
Mais cedo, o STJD rejeitou o pedido de prescrição feito pela defesa do jogador. O caso, portanto, segue em análise.
Entenda o caso
Bruno Henrique foi denunciado pela Procuradoria do STJD em agosto de 2025 por suposta manipulação de resultados envolvendo apostas esportivas. Segundo a acusação, o atacante teria cometido faltas intencionais para receber cartões e beneficiar apostadores.
O episódio em questão ocorreu quando o jogador, já pendurado com dois cartões, fez falta em Soteldo, então jogador do Santos, e acabou expulso após reclamar da decisão do árbitro Rafael Klein.
Além do processo esportivo, Bruno Henrique também é investigado pela Polícia Federal e responderá a ação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A PF aponta que o jogador teria trocado mensagens com o irmão, Wander Nunes Pinto Junior, sobre o recebimento antecipado do cartão amarelo na partida.
Na primeira instância do STJD, o atacante foi absolvido do artigo 243, mas condenado no 243-A, recebendo suspensão de 12 partidas e multa de R$ 60 mil. O Flamengo recorreu, e o efeito suspensivo foi concedido até o julgamento final do Pleno.
