Vereador Tião Peixoto processa Ministério Público
Parlamentar diz que ação foi exagerada, sem base legal e causou danos pessoais e familiares
O vereador Tião Peixoto entrou com uma ação judicial contra o Ministério Público de Goiás. Ele acusa os promotores do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de abuso de autoridade. Segundo Tião, a operação que resultou em sua prisão temporária, em 2019, foi realizada sem fundamentos sólidos e teve como consequência a destruição de sua imagem pública.
Pedido de prisão foi aceito pela Justiça
De acordo com o vereador, os promotores solicitaram sua prisão temporária e a realização de busca e apreensão em sua casa. O juiz da 4ª Vara Criminal de Goiânia atendeu ao pedido. O mandado foi expedido em 5 de fevereiro e cumprido no dia 21 do mesmo mês.
No entanto, Tião afirma que a operação foi conduzida de forma desproporcional. Ainda durante a madrugada, equipes policiais fortemente armadas chegaram à sua residência. Eles usavam metralhadoras e mobilizaram um grande aparato de segurança. A ação foi transmitida por vários meios de comunicação e, segundo o vereador, causou grande constrangimento.
Imprensa acompanhou operação em tempo real
Além da força policial envolvida, Tião critica a ampla cobertura da imprensa. Diversas emissoras estavam presentes no momento da prisão. Por isso, ele afirma ter sido tratado como um criminoso perigoso, o que, em sua visão, contribuiu para o desgaste da sua imagem pública e política.
A defesa argumenta que a prisão foi desnecessária, pois ele não oferecia risco de fuga nem ameaçava as investigações. Ainda assim, foi detido como se estivesse envolvido em crimes graves. As acusações se referem ao período em que ele ocupou um cargo comissionado na presidência do IMAS (Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia).
Vereador relaciona morte da esposa ao trauma
Outro ponto levantado no processo é o impacto familiar da operação. Tião afirma que sua esposa sofreu emocionalmente com o episódio. Meses após a prisão, ela faleceu. Para o vereador, o trauma gerado pela ação contribuiu diretamente para o agravamento do estado de saúde da companheira.
Além disso, ele destaca que a abordagem violenta deixou todos os familiares em estado de choque. O vereador classifica a operação como arbitrária e desumana.
Processo pede responsabilização dos promotores
Com base em todos esses argumentos, Tião Peixoto pede que o Ministério Público e os promotores envolvidos sejam responsabilizados. Ele busca reparação pelos danos morais e pessoais que, segundo ele, ainda afetam sua vida até hoje.
Até o momento, o Ministério Público de Goiás não divulgou nenhum posicionamento oficial sobre o caso. A defesa do vereador afirmou que continuará lutando na Justiça para que os responsáveis sejam punidos.